segunda-feira, 19 de maio de 2008

Encontro Nacional de Comissões de Trabalhadores

ct1.jpgO Bloco organizou o I Encontro Nacional de activistas nas Comissões de Trabalhadores, para discutir a organização das CT's e os efeitos do Código do Trabalho na precarização da vida dos trabalhadores. No final do encontro, Louçã acusou Sócrates de ser "o maior promotor dos falsos recibos verdes".

O Encontro contou com a presença de 60 membros de CT's, subCT's, CHS e activistas laborais, de empresas como a Autoeuropa, EDP, PT, Renault/Cacia, REN, ICMN, CTT, Vodafone,Impormol, EPAL, Manutenção Militar, Banco de Portugal, Banco Santander/Totta, SIBS, Metro de Lisboa, Páginas Amarelas, Securitas, Prosegur, Hotel Sheraton, Unicer, Arsenal do Alfeite, Efacec, Schnellispkit- Logística, Faurecia, entre outras.Antonio Chora fez a intervenção de abertura do Encontro e falou das dificuldades colocadas à formação, à actividade e, em muitas empresas, da repressão sobre CT's. E também do código de trabalho e suas consequências, o ataque aos serviços públicos, o "medo social" que o neoliberalismo e este governo PS espalha e que tolhe a luta. O dirigente do Bloco e membro da CT da Autoeuropa diz que a resposta não se encontra dentro dos muros da empresa mas é lá que começa, sendo que a resposta tem de ser colectiva.Este Encontro Nacional de CT's foi preenchido por outros debates: sobre a interacção da actividade das CT's e sindicatos, a constituição de fundos de greve, o apoio judiciário, as suas dificuldades de relacionamento e incompreensões, autonomia dos órgãos, ficando a marca da cooperação e da intervenção conjunta no dia a dia face à ofensiva patronal e governamental. No encerramento do encontro de activistas do Bloco nas Comissões de Trabalhadores, Francisco Louçã acusou Sócrates de ser "o maior promotor dos falsos recibos verdes” no Estado e de fazer um "foguetório" com os números do desemprego, quando há hoje mais pessoas desempregadas do que quando Sócrates chegou ao governo.Os números do desemprego divulgados pelo INE (7,6% no primeiro trimestre do ano) escondem os 75 mil desempregados que estão "inactivos". Uma "conveniência estatística", diz Louçã, que aponta o número de 500 mil desempregados, se juntarmos aqueles aos 427 mil apontados pelos números do INEO Bloco de Esquerda quer combater a proposta de código laboral do governo e não aceita o fim do pagamento das horas extraordinárias. Francisco Louçã disse que o "banco de horas" que o governo do PS quer implementar viria “na prática, acabar com o pagamento das horas extraordinárias ou por trabalho ao sábado” e que por isso terá a oposição do Bloco."Queremos combater esta proposta de código laboral que pretende generalizar a precarização, com o despedimento ‘simplex’, com os recibos verdes”, disse Louçã, acrescentando que hoje o governo é “o promotor da maior empresa precária de Portugal que é o Estado”. “Um em cada cinco trabalhadores [da função pública] é precário, com avenças, com contratos, com recibos verdes, com todas as falcatruas possíveis”, disse.A precarização crescente dos trabalhadores em Portugal é uma tendência a contrariar, na opinião dos bloquistas: “Cumprir uma mesma função, de forma contínua, tanto no público como no privado, tem que permitir que a pessoa seja contratada”, conclui Francisco Louçã.A proposta de Sócrates para rever o Código de Trabalho também foi tema de debate no encontro do Bloco sobre as Comissões de Trabalhadores, que também analisou a influência da precariedade, visível nas sub-contratações de trabalhadores em muitas empresas com reflexo nas dificuldades da organização dos sindicatos e CT's nos locais de trabalho. Os ataques aos direitos dos membros das CT's por parte de muitos patrões, e a necessidade de articulação de CT's em empresas com problemas comuns foram outros tópicos em discussão neste encontro do Bloco.

1 comentário:

Anónimo disse...

e mais?...
No encontro disseram mais coisas, por certo têm vergonha de as tornar públicas, mas essa do "fundo de greve" mostra bem quem vc's são.
Sei que este comentário não vai passar no vosso "democrático" filtro mas pelo menos sei que um de vós o vai ler.