
"Estamos aqui para tentar entregar um documento ao primeiro-ministro com a nossa posição sobre a revisão do Código de Trabalho, sobretudo para assinalar que a proposta do governo não resolve o problema da precariedade, mas contribui para a sua legalização", disse à agência Lusa Pedro Rodrigues, do Movimento Precários Inflexíveis.
Os jovens precários, estacionados em frente à sede do Conselho Económico e Social, empunhavam uma faixa que dizia "não há acordo para a precariedade". Entregaram o seu documento ao presidente da CIP (Confederação da Indústria Portuguesa), Francisco Van Zeller, ao ministro do Trabalho e Solidariedade Social, Vieira da Silva, e a um dos assessores do primeiro-ministro.
No texto acusam o governo de adoptar "a estratégia de precariedade e do desemprego, facilitando e legalizando ambos", acrescentando que "os patrões sabem fazer contas e sabem bem que é o descartável que fica mais barato".O governo propõe a aplicação de uma taxa de cinco por cento às empresas que tenham ao seu serviço trabalhadores a recibo verde e o agravamento em três por cento na taxa social única que as empresas pagam pelos contratados a prazo. Os Precários Inflexíveis argumentam que a taxa sobre os recibos verdes é uma forma de legitimar os falsos recibos verdes, não havendo nenhuma estratégia para criminalizar e evitar no concreto o abuso deste instrumento por parte dos patrões
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