quarta-feira, 25 de março de 2009

" Vergonha na Linha do Corgo"


Numa atitude da mais completa falta de respeito e consideração pela população do interior, a nossa terra foi roubada às escondidas pela administração central. A CP diz que queria evitar os protestos da população e foi mesmo durante a noite que iniciaram as manobras de assalto, pé ante pé, de fininho a fugir dessa gente que protesta... mas que maçada esta democracia! Mas foram apanhados em flagrante pela população de Carrazedo, porque o povo sabe bem....o povo lembra-se bem do que aconteceu à linha do Tua entre Mirandela e Bragança onde durante a noite levaram as carruagens por ordem do governo do então primeiro-ministro Cavaco Silva. O governo de Sócrates segue agora os mesmos maus exemplos.

Esta decisão só pode levantar suspeitas: Porque esconderam indevidamente da população as intenções de encerrar a linha que já estava prevista à meses? “Quem não deve não teme”, afinal o que esconde a CP e o governo para actuarem durante a noite? Que garantias dão de que as linhas vão reabrir? A linha do Corgo é fundamental para as povoações locais que afirmam que a carruagem é utilizada, por exemplo, pelas crianças para irem para a escola, e que durante os dias de feira a carruagem vai lotada. E muitas mais pessoas a usariam se lhes dessem condições para isso.

É por vontade dos sucessivos governos que as linhas do interior têm sofrido de morte lenta. Ao longo dos anos temos assistido continuamente ao corte de financiamento. Nos últimos 4 anos o investimento ferroviário caiu para metade. Se a linha não tem viabilidade económica (como dizem) a culpa é precisamente das políticas seguidas por quem o apregoa e agora usa este argumento para a fechar.

Não esqueçamos, ainda, que Portugal é o 4.º país da União Europeia com o maior número de viaturas por cada mil habitantes. As preocupações ambientais por parte deste governo são uma falácia. Abana dum lado a bandeirola das auto-estradas que rasgam e esventram a nossa natureza e do outro lado encerram as linhas ferroviárias menosprezando um transporte mais ecológico e de maior conforto. O uso de viaturas deve ser desincentivado, então porque não um investimento numa linha ferroviária de boas condições que ligasse Bragança-Vila Real-Porto?

O Bloco de Esquerda responde assim com repúdio à suspensão da linha ferroviária às escondidas, desrespeitando as populações às quais não apresentaram qualquer justificação.

BE/Vila Real

Douro: fecho surpresa de mais duas linhas revolta população

Estação de Amarante na linha do Tâmega. Os pequenos comboios vermelhos também circulavam na linha do Corgo.


A Refer encerrou esta terça-feira à noite as linhas do Corgo e do Tâmega, sem qualquer aviso prévio, "por tempo indeterminado". A decisão revoltou as populações da zona que barraram a passagem do último comboio, impedindo-o de chegar à Régua, e exigindo a reposição total da circulação. O governo alega razões de segurança, mas por trás da decisão podem estar critérios economicistas.
A deputada do Bloco de Esquerda Helena Pinto já manifestou a sua "indignação" por este encerramento "às escondidas e na calada da noite" e lembra que o goveno nunca respondeu a um requerimento de Novembro sobre as condições de segurança destas linhas.

Depois do encerramento da Linha do Tua em Agosto de 2008, eis que agora a Refer fecha as duas restantes linhas do Douro, com claros prejuízos para as populações locais.
Segundo o jornal Público, a decisão de encerrar a linha do Corgo (que liga Régua a Vila Real) e a linha do Tâmega (que liga Livração a Amarante) já tinha sido tomada há alguns meses, mas a Refer e a CP preferiram não a divulgar, fazendo-o apenas em cima da hora, para evitar protestos continuados das populações.Segundo a Agência Lusa, a decisão foi tomada pela secretária de Estado dos Transportes, Ana Paula Vitorino, e anunciada à comunicação social pelo representante do Governo no distrito de Vila Real.
"Esta decisão resultou de uma inspecção de qualidade que detectou que o percurso não estava nas melhores condições de segurança", afirmou Alexandre Chaves.

Esta terça-feira, o comboio que se encontrava em Vila Real e que todos os dias pela manhã leva os primeiros passageiros para a Régua, regressou à noite para esta cidade, operação que faz recordar a forma como há 16 anos encerrou a linha do Tua (entre Mirandela e Bragança) com as composições a regressarem vazias durante a noite para evitar a contestação das populações.
Só que a população de Carrazedo soube da manobra e o comboio não chegou ao seu destino, porque, a meio da viagem, dezenas de populares lhe travaram a marcha, gritando "queremos o comboio".Os motivos para o encerramento da linha alegados pela Refer são vagos e no mínimo duvidosos.
A empresa justifica-se com a necessidade de reabilitação daquelas linhas, mas não tem qualquer calendarização para iniciar os trabalhos, não dispõe dos projectos para tal e não abriu qualquer concurso público.
O percurso destas linhas será agora assegurado por transportes rodoviários alternativos, com o mesmo horário dos comboios, uma solução que não agrada à população, por ser menos cómoda e menos eficaz. Os populares temem que por trás da decisão estejam razões economicistas, dada a falta de rentabilidade daquelas linhas.
A deputada do Bloco de Esquerda Helena Pinto manifestou "grande indignação" com facto da CP e Refer decidirem "encerrar as linhas às escondidas e na calada da noite, nas costas das populações".
Em Novembro de 2008 e na sequência dos problemas da linha do Tua, o Bloco de Esquerda questionou o Ministro das Obras Públicas sobre as condições de segurança das linhas, mas fiocu sem resposta.No requerimento apresentado, Helena Pinto revelava a sua preocupação pelo facto de a Refer "reduzir ao mínimo as brigadas de conservação destas linhas, trocando o pessoal fixo por contratos com empresas que fazem trabalhos de conservação por empreitada". E questionava: "Considera o Ministro que o recurso ao outsourcing garante qualidade nos serviços de manutenção das linhas?" A resposta nunca chegou.

Num espaço de um ano a Refer "encerrou temporariamente" 134kms de linhas férreas: 42kms no Tua na sequência de um acidente, 53kms entre Pampilhosa e Figueira da Foz por razões de segurança, 45kms entre Guarda e Covilhã para efectuar obras e agora os 13 e 26kms que restavam do Tâmega e do Corgo, também por alegadas razões de segurança.
Desta lista, porém, apenas decorrem obras entre a Guarda e Covilhã, estando a circulação ferroviária suspensa nas restantes sem que, por parte da Refer, haja qualquer comprometimento com datas para obras e reabertura das linhas.
Ainda segundo o jornal Público, o investimento ferroviário em Portugal tem caído nos últimos anos, passando de 426 milhões de euros em 2005 para 307 no ano seguinte e 264 em 2007.
No ano passado foram gastos na ferrovia apenas 250 milhões de euros.

Comunicado do MCLT - As Linhas do Tua, Corgo e Tâmega‏


COMUNICADO


Exmos. Senhores, Esta noite foram encerradas as Linhas do Corgo e do Tâmega. Na calada da noite e sem aviso prévio, tal como aconteceu em 1992, com a Linha do Tua, quando o Governo de então era chefiado pelo actual Presidente da Republica, o Prof. Aníbal Cavaco Silva.


As razões, as mesmas de sempre, a segurança! Este Governo não investe em Trás-os-Montes: fecha por motivos de segurança ou de economias de facilitismo de curto prazo. O Movimento Cívico pela Linha do Tua, não pode deixar de mostrar um profundo desprezo pelas iniciativas deste Governo no que toca às suas politicas para o caminho-de-ferro no Interior transmontano e à forma como atenta contra a dignidade das pessoas que teimam em viver na região.


Viver no Interior profundo, viver em Trás-os-Montes, é uma prova de resistência e uma prova de amor à terra, no seu sentido mais profundo, que poucos parecem entender.

O Movimento Cívico pela Linha do Tua solidariza-se com as populações das zonas afectadas pelo encerramento das linhas do Corgo e do Tâmega, e espera que também os deputados eleitos pelos circulos de Vila Real, Bragança e Porto, se manifestem e defendam os interesses dos cidadãos que os elegeram; uma oportunidade e um privilégio de poucos e que até ao momento têm ignorado, de forma politicamente consciente e pouco digna, convém sublinhar.


Exigimos assim, à semelhança do que tem sido a nossa postura face à Linha do Tua, respeito pelos utentes e pelas populações locais. Uma vez que se o esforço de consolidação de segurança é louvável, já não o é o estado a que deixaram chegar a infra-estrutura para ser preciso encerrá-la na sua totalidade. Ou, de forma tão flagrante como aquando da Noite do Roubo em Bragança em 1992, não estão a ser honestos quanto à verdadeira intenção destes encerramentos, pelo que se exige um plano de modernização e o início da intervenção na via imediatamente, e não em datas que nem a própria tutela sabe adiantar porque nem sequer pensaram nestas.


O Tua, Corgo e o Tâmega são sustentáveis e só terão futuro com as populações e para as populações.

Pelo desenvolvimento sustentável de toda a região duriense e transmontana,



Movimento Cívico pela Linha do Tua, 25 de Março de 2009



Contactos: 91 682 22 37 / linhadotua@gmail.com

sexta-feira, 20 de março de 2009

Noticias acerca do jantar dos 10 anos do Bloco em Bragança

Despojamentos

Neste último ano da legislatura de um governo socialista e em vésperas de novo período de eleições vivemos um tempo particularmente difícil a nível mundial, nacional e, como não poderia deixar de acontecer, a nível local. Estamos já habituados a ter e a ser menos que os outros – leia-se, outras regiões do país, e por isso mesmo, maior tolerância temos à miséria e ao despojamento que nos infligem. Infelizmente, ontem, hoje e, desconfio, amanhã Lisboa e suas instituições continuarão a ter sobre o território nacional uma visão holística, na qual o todo se impõe ao particular e/ou às partes, esquecendo-se que são as partes que constituem esse todo e que há diferentes partes.
Também seria importante que essa visão torpe e distante do país das pessoas que o habitam implicasse que o “todo” ultrapassasse as periferias das grandes urbes litorais.A distância que nos separa desse outro Portugal faz com que sejamos vistos como algo que está a definhar e que em breve desaparecerá e, como tal, é desperdício nacional investir nestas geografias marginais. Aquilo que temos assistido nas últimas décadas – curiosamente, ditas democráticas, e em particular mais recentemente, sob o (des)governo socialista é um incessante e continuo desinvestimento na região transmontana, despojando as comunidades dos parcos bens e serviços que ainda sobravam.
E não adianta os eleitos locais e nacionais pelo partido socialista virem a terreiro dizer que nada foi retirado ou subtraído aos transmontanos, pois estes bem sentem na sua vivência quotidiana as crescentes dificuldades. Mas esta reflexão teria que ir mais além e numa viagem sem sair do lugar, percorro os trilhos dessa áspera realidade:
- Centralizam-se serviços administrativos, impondo uma racionalidade financeira e consequentemente afastando-os dos cidadãos;
- As infra-estruturas básicas, em pleno século XXI, continuam por cumprir. Na região ainda há comunidades sem direito à água, em qualidade e quantidade mínimas e suficientes. Ainda há muitas comunidades sem direito a um saneamento básico salubre e higiénico;
- As vias de comunicação regionais e locais encontram-se num estado lastimoso e, por isso, situações como a da aldeia de Macedo do Mato, que recentemente foi notícia nacional pelo caricato e pela evidência dos interesses pequeninos da gestão autárquica em Portugal;
- Transportes públicos deficientes, sendo negócio para um mercado privado que não respeita nem defende os interesses dos utentes;- Transformam-se aldeias em centros de dia e/ou lares de 3ª e 4ª idade – essas instituições totais entendidas pela sociedade em geral como uma antecâmara da morte e dos cemitérios;
- Abandona-se ostensivamente a agricultura e a agro-pecuária, sobrando por todo o distrito a pequena agricultura que não mais serve do que para alimentar os próprios e afins;- Indústria não há;
- Um sector terciário minimalista, reduzido que está (salvo raras excepções, dos franchisados…) ao próprio negociante atrás do balcão;
- Trocam-se valências hospitalares por helicópteros (que por acaso e só, ainda não chegaram!?...);
- Trocam-se SAPs por VMERs;
- Prometem-nos ICs e auto-estradas como eu prometo rebuçados à minha criança, mas só se ela se portar bem… (seja lá o que isso for!?)
E a tudo isto assistimos nós e assistem, impávidos e serenos, os senhores investidos nas nossas autarquias pelos cidadãos da região, lavando da culpa as suas mãos e focando a sua atenção e o seu esforço nas amarras dos seus quintais, preocupados com a eminente hipótese sacrílega de uma invasão de vacas ou gados dos vizinhos às suas propriedades – quais guardadores de quintais… E assim somos (des)governados. Haverá alguma evolução positiva para a nossa região nos últimos anos!?...
Não creio e, inclusive, temo que esta situação não só se mantenha como se degrade até ao dia do despojamento final.Por tudo isto, este ano de 2009 é um excelente ano para nós, transmontanos, demonstrarmos através do voto, o nosso descontentamento e a nossa revolta pela imensa e manifesta incompetência daqueles que têm exercido o poder local e nacional.
O Bloco de Esquerda ao reunir agora e assim também em Bragança percebe o reforço, a legitimação e o ânimo, simbólicos e efectivos, que a sociedade portuguesa deposita na sua capacidade e no seu projecto político.
Sim, porque o BE não ambiciona uma sociedade imaginada, mas sim uma sociedade realizada e, em todos os momentos, procura transmiti-la aos portugues@s, se quiserem teimosamente, mas sempre dizendo no que acredita e ao que vem.
O desafio do BE em Bragança é enorme, pois se há quatro anos éramos vistos como “aves raras” ou “despenteados mentais”, hoje percebemos a enorme expectativa na nossa acção de esquerda, a enorme expectativa em relação às nossas propostas socialistas. Porque é Esquerda, porque é Bloco, é Bloco de Esquerda.

(publicado no jornal Nordeste do dia 17/03/2009)
fotonovela
(no mesmo jornal)

E tudo isto num jantar de aniversário (10º) do BE em Bragança no passado dia 14 de Março, assim relatado pelo Jornal Nordeste:


quarta-feira, 11 de março de 2009

Parques eólicos: “Juntas não sabem o que vendem”


O Bloco de Esquerda (BE) acusa a Câmara Municipal de Bragança (CMB) de compactuar com os interesses da empresa irlandesa Airtricity, que já anunciou a construção de um parque eólico no Parque Natural de Montesinho (PNM).


Na óptica dos bloquistas, as Juntas de Freguesia e a Câmara estão a fazer um mau negócio ao não saberem o valor daquilo que estão a vender.


“A Câmara não conhece o potencial eólico do concelho. A forma como as Juntas celebraram acordos com empresas privadas não garante a defesa dos interesses das suas populações”, defende o deputado municipal do BE, Luís Vale.


Tanto a Câmara como as Juntas de Freguesias, dizem os bloquistas, estão a “gerir mal” os processos para a instalação de ventoinhas para produção de energia eólica, tanto na área protegida, como na Serra da Nogueira.Os bloquistas dizem que o município deveria ter solicitado um estudo ao Instituto Nacional de Engenharia, Tecnologia e Inovação para saber qual o potencial eólico do concelho, de forma a quantificar a riqueza do concelho.


“As Juntas celebraram acordos com empresas privadas, vendendo um bem do qual não têm a mínima noção do seu valor comercial”, acrescenta o responsável.Bloco questiona edil bragançano se vai exercer “loby” junto do Governo para a Airtricity avançar com o parque eólico em MontesinhoNo que toca ao maior projecto eólico que poderá nascer no PNM, o BE acusa a CMB de se ter “colado” aos interesses da Airtricity e pergunta se o presidente da autarquia, Jorge Nunes, irá interceder junto do Governo para que este projecto possa avançar dentro da área protegida.


“Será que vai andar a exercer ‘loby’ junto do Instituto de Conservação da Natureza e da Secretaria de Estado para que este projecto seja aprovado, tal como fez o presidente de Alcochete a favor do Freeport”, questionam os bloquistas.


Para Luís Vale, “não é de estranhar que esta empresa afirme publicamente que tem uma óptima relação com a Câmara de Bragança, enquanto dizem que a relação com a Câmara de Vinhais não é boa nem má, ou seja não há qualquer relação?


”Em relação aos investimentos previstos para a Serra da Nogueira, o BE denuncia que a empresa que iria avançar com o projecto perdeu a licença de exploração, pelo que “tão cedo não se verão torres na serra”. “A empresa que tinha a licença para a exploração do parque na Nogueira decidiu adiar o projecto, deixou caducar a licença e em novo concurso não conseguiu a sua renovação”, sustenta Luís Vale.


No âmbito das políticas do Ambiente, os bloquistas insurgem-se, ainda, contra a falta de saneamento básico nalgumas aldeias do concelho. Para os representantes do BE “é inadmissível” que um concelho que se orgulha do seu desenvolvimento e aposta na qualidade de vida, mantenha parte das suas populações sem saneamento básico.


“Quantos mega-projectos vão ser projectados, planeados, financiados, hipotecados e construídos antes dessa simples, mas fundamental e justa estrutura estar completa no concelho de Bragança”, questiona Luís Vale.




in Jornal Nordeste 11-03-09

terça-feira, 10 de março de 2009

Jantar de Comemoração dos 10 anos do Bloco em Bragança




14/03/2009



Bragança

20h Restaurante "O Pote" C/ @s Deputad@s Luís Fazenda e Cecília Honório

21h30 Projecção do Filme "Nasceu Uma Estrela"

Oferta do Filme

23h Festa Klaustrus Bar

C/ Dj Itália(Punk-Rock)

Dj Jonhy Bravo(Ska)

Inscreve-te:

963749870

sexta-feira, 6 de março de 2009

Linha do Tua a Património Nacional chumbada


O PS votou contra, esta sexta-feira, a proposta dos Verdes para classificar a Linha do Tua como património de Interesse Nacional. É essa a conclusão depois da forma como decorreu o debate sobre essa proposta, ontem, na Assembleia da República.
Segundo avança a Lusa, a maioria socialista vai mesmo chumbar a proposta dos Verdes.
O deputado socialista, eleito por Bragança, Mota Andrade, afirmou, no debate de ontem, que a proposta de resolução tem um só objectivo: ser mais uma impossibilidade à construção da barragem da Foz do Tua, cita a Lusa.
Mota Andrade disse ainda faz sentido é prosseguir com o Plano Nacional de Barragens do governo, indiciando dessa forma o chumbo da maioria socialista na votação de hoje.
Na apresentação da proposta, o deputado ecologista, Francisco Madeira Lopes, justificou a classificação da linha com a “perda colectiva irreversível” que significaria o seu afundamento pelas águas da barragem projectada para a foz do rio Tua.
O PSD considerou que a proposta é “prematura” antes de apuradas as responsabilidades. Pelo CDS-PP, Abel Baptista, afirmou que a linha do Tua “precisa é de obras, não de classificação” de maneira a ser “posta em boas condições de transporte”, alegando que a classificação poderia ser “mais uma razão para o governo não fazer obras”.
Agostinho Lopes, do PCP, apoiou a proposta, enumerando iniciativas de encerramento de troços ferroviários desde o tempo da ditadura e passando pelos sucessivos governos do PS e PSD.

Finalmente, Helena Pinto, do Bloco de Esquerda, defendeu que o governo “não dá resposta” sobre a possibilidade de uma obra “com 120 anos de história”, que “não tem paralelo no país” e advogando mais investimentos na linha, que “tem que reabrir”.

Entretanto, o deputado social-democrata, Santos Pereira, aproveitou o debate para anunciar que o PSD vai pedir a presença do ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações no Parlamento para esclarecer “responsabilidades e motivos” dos acidentes ocorridos nos últimos meses na linha.


Escrito por Brigantia

Igualdade.TV




O programa eleitoral do Bloco de Esquerda será elaborado através de um debate na internet. Nunca nenhum partido em Portugal promoveu um processo de discussão aberta deste tipo. O Bloco fá-lo-á aqui.
Em cada área temática, partindo de um texto de abertura, serão publicadas observações desenvolvidas, pedidas pelo Bloco a especialistas críticos ou activistas sociais e políticos. Serão acolhidos contributos mais extensos (até 4000 caracteres, espaços incluídos), enviados para
igualdade@bloco.org
Todos os textos serão abertos a comentários.