sábado, 8 de março de 2008

Violência contra as mulheres: NEM MAIS UMA

Marcha Mundial das Mulheres contra a violênciaO Dia Internacional da Mulher é assinalado em Portugal com duas marchas, em Lisboa e Coimbra, a realizar na tarde de 8 de Março, Dia Internacional da Mulher. A acção integra-se numa campanha mundial e pretende reafirmar a solidariedade com as mulheres de todo o mundo que continuam a sofrer todo o tipo de violência – assédio sexual, violência doméstica, violação, tráfico, mutilação genital feminina, etc. – e vêem os seus direitos fundamentais atropelados.
Em comunicado distribuído à imprensa, explica-se que a campanha procura "denunciar a ineficácia do sistema jurídico, a insuficiência de recursos e a consequente desprotecção daquelas que fogem das suas próprias casas, como única forma de escapar à violência dos seus parceiros" e exige que "personalidades com visibilidade e responsabilidade política tenham intervenções no sentido de reforçar os direitos das mulheres e de sensibilizar a sociedade portuguesa para a violência contra as mulheres em geral e contra a violência doméstica em particular". Com esta acção, pretende-se também contribuir para que "as mulheres vítimas de violência doméstica deixem de ser refugiadas no seu próprio país"., uma vez que "sair de casa, abandonar emprego e escola, abandonar as suas comunidades e cortar os laços afectivos não pode ser a única forma de proteger as vítimas do agressor". O movimento apela ainda a todas as mulheres para que usem, sempre que uma mulher for assassinada pelo seu (ex-) parceiro, a braçadeira concebida pela Marcha Mundial de Mulheres durante um dia, em sinal de denúncia pública.No dia 8 de Março, pelas 16 horas, realiza-se na Igreja dos Anjos, em Lisboa, um evento sobre "A prostituição e o direito à maternidade". Ao longo do dia, decorrem na margem sul do Tejo um conjunto de eventos sobre "A Resistência Feminina em meio operário", com visita a alguns lugares simbólicos das lutas dessas mulheres e um debate a realizar na Sociedade De instrução e recreio barreirense “Os penicheiros”, a partir das 15.30.
Em Portugal, Mmais de um quarto das mulheres portuguesas são inteiramente dependentes do rendimento dos seus companheiros, de acordo com um estudo da Universidade de Coimbra (UC) que avaliou a dependência da população feminina. O mesmo estudo salienta que, embora tenha vencimentos mais baixos, a população feminina é mais qualificada: no último trimestre de 2007, mais de 430 mil mulheres com formação superior estavam integradas no mercado de trabalho, para apenas 311 mil homens. Nos 308 municípios portugueses apenas 20 mulheres ocupam a presidência de Câmara.

Sem comentários: