sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Enfermeiros prometem medidas mais radicais se não forem ouvidos


Seis centros de Saúde do distrito de Bragança e os blocos operatórios do Centro Hospitalar do Nordeste paralisados.

É este o balanço dos três dias de greve dos enfermeiros no distrito de Bragança.



Paula Silva, da delegação transmontana do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses, diz que foi um balanço “positivo”, “visto que houve uma adesão que se manteve nos três dias, na ordem dois 80 a 90 por cento e com pelo menos seis com cem por cento. No Centro Hospitalar do Nordeste também se manteve nos 80 por cento nos turnos de dia e perto de cem por cento à noite”.

Uma paralização de três dias que causou vários constrangimentos.

“Não queríamos causar constrangimentos a ninguém mas há sempre danos colaterais. Por exemplo, os blocos operatórios estiveram praticamente inoperacionais em Trás-os-Montes por não haver enfermeiros para as cirurgias programadas, apenas para as de urgência. Também as Urgências funcionaram também em cuidados mínimos. A nível dos cuidados de saúde primários, foi daquelas em que mais se sentiu.”

Paula Pinto espera que o Governo seja sensível ao protesto dos enfermeiros e avance para o diálogo.

Nesta altura, o Sindicato aguarda que a ministra da Saúde, Ana Jorge, apresente uma contraproposta e marque uma nova ronda negocial.

Caso isso não aconteça, o sindicato promete tomar medidas ainda mais duras.

“Se não houver entretanto negociações, no mês que vem vamos ter uma forma de luta mais radical”, avisa.

Para a manifestação desta tarde, em Lisboa, partiram 300 enfermeiros dos distritos de Bragança e Vila Real.

A concentração está marcada para as duas e meia da tarde, junto ao Ministério da Saúde.


Escrito por Brigantia

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