quarta-feira, 25 de junho de 2008

Jovens rejeitam "Acordo para a precariedade"

Faixa dos Precários Inflexíveis. Clica para ampliarUm grupo de jovens trabalhadores, dos Precários Inflexíveis, esperou esta quarta-feira pelo governo junto à sede da concertação social, para denunciar a "legalização da precariedade" patente no novo Código do Trabalho. Num documento entregue ao Ministro Vieria da Silva, os Precários Inflexíveis "traduzem para português" as propostas do governo, amigas dos patrões que "sabem fazer contas e sabem bem que é o descartável que fica mais barato".
"Estamos aqui para tentar entregar um documento ao primeiro-ministro com a nossa posição sobre a revisão do Código de Trabalho, sobretudo para assinalar que a proposta do governo não resolve o problema da precariedade, mas contribui para a sua legalização", disse à agência Lusa Pedro Rodrigues, do Movimento Precários Inflexíveis.
Os jovens precários, estacionados em frente à sede do Conselho Económico e Social, empunhavam uma faixa que dizia "não há acordo para a precariedade". Entregaram o seu documento ao presidente da CIP (Confederação da Indústria Portuguesa), Francisco Van Zeller, ao ministro do Trabalho e Solidariedade Social, Vieira da Silva, e a um dos assessores do primeiro-ministro.
No texto acusam o governo de adoptar "a estratégia de precariedade e do desemprego, facilitando e legalizando ambos", acrescentando que "os patrões sabem fazer contas e sabem bem que é o descartável que fica mais barato".O governo propõe a aplicação de uma taxa de cinco por cento às empresas que tenham ao seu serviço trabalhadores a recibo verde e o agravamento em três por cento na taxa social única que as empresas pagam pelos contratados a prazo. Os Precários Inflexíveis argumentam que a taxa sobre os recibos verdes é uma forma de legitimar os falsos recibos verdes, não havendo nenhuma estratégia para criminalizar e evitar no concreto o abuso deste instrumento por parte dos patrões

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