sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

Sondagem U. Católica: PS e PSD em queda, Bloco duplica intenção de voto

Foto capitu/FlickrA sondagem da Universidade Católica para a RTP/JN/Antena 1 dá ao PS o pior resultado dos últimos 12 meses, afastando-se da maioria absoluta. Na oposição, apenas o Bloco mostra tendência de crescimento, passando para os 8%, duplicando a intenção de voto registada em Outubro. Quanto às figuras políticas com nota positiva em Fevereiro, só há duas: Cavaco e Louçã. Esta sondagem indica também um maior afastamento dos cidadãos em relação à política: o número de indecisos sobe bastante (14% para 21%) deste Outubro, e se lhe somarmos os que respondem que não votariam se as eleições fossem hoje e os que não responderam à sondagem, verificamos que metade do universo prefere não se pronunciar.O PS obtém 39%, o valor mais baixo desde Janeiro do ano passado. E a sondagem regista um facto inédito: em 1247 respostas obtidas pelo centro de sondagens, nem sequer uma avaliou o desempenho do governo como "muito bom". Dois terços dos inquiridos preferem o "mau" e o "muito mau" para classificar o governo Sócrates.Mas quando a pergunta é sobre a alternativa ao governo, as fragilidades de Luís Filipe Menezes ficam evidentes. O PSD não consegue capitalizar o descontentamento e desce 3% desde Outubro, passando para os 32%. O líder do partido segue o mesmo caminho, caindo do segundo para o quarto lugar no ranking de popularidade dos líderes políticos.Com o PCP a manter os 9% da sondagem anterior, e o CDS a reduzir a intenção de voto a metade nos últimos meses (3%), é o Bloco de Esquerda o partido que melhor dá expressão à vontade de mudança do eleitorado. A intenção de voto passou dos 4% para os 8% e Francisco Louçã passa a ser o dirigente partidário mais popular e o único com nota positiva, apenas ultrapassado pelo presidente da República.O dirigente bloquista manifestou satisfação com este resultado, "o maior de sempre do Bloco numa sondagem da Universidade Católica", que no seu entrender resulta de um "grande esforço de afirmação como alternativa política" ao longo de três anos.

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