terça-feira, 15 de julho de 2008

Génova: polícias condenados por brutalidade na manifestação de 2001

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A justiça italiana condenou 15 membros das forças da ordem a penas de cinco meses a cinco anos de prisão devido a maus tratos e humilhações contra manifestantes que participavam no protesto contra a cimeira dos G8, realizada em 2001 em Génova. Na altura, a brutalidade policial provocou centenas de feridos e a morte do activista Carlo Giuliani, repetidamente atropelado por um jipe da polícia quando já se encontrava prostrado no chão devido a um tiro na cabeça.
No total os acusados eram 45 membros das forças da ordem - membros dos Carabineri, funcionários da administração penitenciária e médicos - dos quais 15 foram condenados (entre os quais o inspector da polícia prisional Biagio Gugliotta) e 30 absolvidos. No entanto, devidos aos recursos que ainda vão ser apresentados o processo pode arrastar-se durante anos até que haja uma prisão efectiva.A cimeira dos oito países mais ricos do mundo (G8) de 2001 em Génova ficou marcada por grandes manifestações e por confrontos violentos com a polícia. Foi um dos momentos em que o movimento por uma globalização alternativa se mostrou mais forte, contando também com a participação de uma delegação de jovens do Bloco de Esquerda. Os 45 membros das forças de segurança foram acusados de brutalidade organizada numa escola secundária que serviu de acampamento a 250 manifestantes, assim como no quartel da polícia em que alguns destes activistas foram detidos.
Patrizia Petruziello, uma das advogadas de acusação, denunciou o "tratamento inumano e degradante" sofrido por muitos activistas. Além das agressões. várias mulheres detidas foram obrigadas a ficar nuas diante de polícias homens na enfermaria do quartel.
A manifestação de 2001 em Génova ficou igualmente marcada pela morte de Carlo Giuliani, de 23 anos de idade, activista que foi alvejado a tiro pela polícia e em seguida atropelado duas vezes quando já se encontrava prostrado no chão. Os polícias envolvidos neste caso nem sequer foram a julgamento, dado que o juíz da altura considerou "não ter havido intenção de acertar em Giuliani" e porque se "se tratava de actuação em legítima defesa".

1 comentário:

Anónimo disse...

muito engraçado quando erramos e nao somos "nada" nao temos nenhum tipo de qualificação profisional nos somos punidos ate 100 anos de penitenciaria ,agora quando são os guardas eles respondem a maioria das vezes ate em liberdade,"direiro são iguais para todos sem destiçãop de raça ou cor" devem ser punidos como pessoa comuns