terça-feira, 5 de agosto de 2008

Castelo de Ansiães encoberto pela vegetação

fotoQuem visita o Castelo de Ansiães encontra densa vegetação que encobre os vestígios das casas que se encontravam dentro da fortificação e a trepar as muralhas que, nalguns pontos, também apresentam sinais de ruir.Este é o cartão de visita deste Monumento Nacional, classificado pelo Instituto Português do Património Arquitectónico, que se impõe no cimo de um monte, mesmo ao lado da vila de Carrazeda de Ansiães. A imponência do castelo é um pólo de atracção turístico para o concelho, pelo que o presidente da Junta de Freguesia de Lavandeira, Armando Frias, lamenta o mau estado de conservação em que se encontra o monumento. “Cada vez está pior. A par das partes que ameaçam ruir, ainda está tudo cheio de silvas”, denuncia o autarca.Tendo em conta a história que lhe está subjacente e a importância deste património a nível regional e, até, nacional, Armando Frias defende que aquele espaço devia estar mais conservado e valorizado. “Se o empregado que têm lá limpasse um metro quadrado por dia, aquilo estava tudo limpinho. Assim está cada vez pior”, lamenta o autarca.Situado na freguesia de Lavandeira, o castelo guarda uma história milenar, que remonta ao III milénio A.C. A sua localização confere-lhe uma defesa natural estratégica, daí ter adquirido uma particular importância durante o processo da Reconquista Cristã. (ver caixa).Os visitantes que optarem por fazer uma caminhada pela extensa muralha que vai resistindo ao passar dos anos podem apreciar a beleza da paisagem natural que envolve as localidades de Lavandeira e Selores.Intervenção de conservação e valorização do Castelo depende de fundos comunitáriosSegundo dados da Direcção Regional de Cultura do Norte (DRCN), durante o ano passado, o Castelo de Ansiães recebeu cerca de 2 mil visitas. Este ano, o número poderá ser ultrapassado, tendo por base as visitas durante o primeiro semestre.Confrontado com o mau estado em que se encontra a fortificação, este organismo garante que estão preparadas um conjunto de acções, que incluem limpezas, consolidação e restauros para o conjunto monumental.Em comunicado, a DRCN adianta que as acções previstas vão ser implementadas em conjunto com a Câmara Municipal de Carrazeda de Ansiães e poderão vir a ser alvo de candidaturas conjuntas ao Quadro de Referência Estratégica Nacional (QREN).Apesar da intervenção depender de fundos comunitários, este organismo realça que “vai tentar a sua implementação a curto prazo”.Recorde-se que este monumento já foi alvo de uma intervenção ao abrigo do III QCA PORNorte, no montante de 500 mil euros, que consistiu em trabalhos de limpeza, topografia, levantamentos, desmontes, escavações arqueológicas, arranjo de acessos e construção de um espaço para receber os visitantes.
Por: Teresa Batista

Sem comentários: