quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Em Marcha Contra a Precariedade

Em Setembro, o Bloco vai mostrar que se podem tomar desde já medidas concretas para enfrentar o desemprego e a precariedade. Ao longo dos dias da Marcha Contra a Precariedade, serão apresentadas propostas mobilizadoras, que abram o debate sobre o país que queremos.

José Sócrates enche a boca com o "combate à precariedade". Mas o objectivo é apenas dividir precários e trabalhadores com contrato, para impor a todos as novas leis laborais. Na verdade, Portugal bate recordes de precariedade. A inspecção do trabalho não funciona. A lei está feita à medida das empresas de trabalho temporário, que exploram duplamente os trabalhadores e às quais está ligado o próprio porta-voz do Partido Socialista, Vitalino Canas. Nos contratos a prazo, o novo código permite a sua renovação até três anos – o triplo da lei do próprio PS no tempo de Guterres.

QUESTÃO DE RESPEITO. O trabalho precário é a garantia de uma vida precária. Perante a crise na habitação, os aumentos dos combustíveis e dos alimentos, o dia-a-dia é cada vez mais imprevisível para quem vive do seu trabalho. A renda, as contas, a escola dos filhos – nada disso se interrompe quando cessa um contrato ou quando termina um biscate a recibo verde. A precariedade não é só o roubo de direitos: é posta em causa a própria dignidade dos trabalhadores e das trabalhadoras.

PODE SER DE OUTRO MODO. O Bloco vai mostrar que se podem tomar desde já medidas concretas para enfrentar o desemprego e a precariedade. Ao longo dos dias da Marcha Contra a Precariedade, serão apresentadas propostas mobilizadoras, que abram o debate sobre o país que queremos.

CONTRA OS TUBARÕES DA PRECARIEDADE. A Marcha é um desafio à política do governo e às opções económicas dos últimos anos. O sufoco em que vive quem trabalha não é apenas resultado da "situação internacional", como diz Sócrates. Este Portugal precário é o produto de políticas erradas, que respondem à crise com mais crise. O novo código laboral é a cereja sobre o bolo. Quem celebra? Os patrões, que pagam cada vez menos, e as empresas de trabalho temporário, que ganham cada vez mais.

Estão abertas as inscrições para a participação na Marcha contra a Precariedade que se realiza em Setembro, nos fins de semana de 12 a 14 (Lisboa, Almada, Barreiro) e de 19 a 21 (Porto, Sta. Maria da Feira, Braga). A inscrição prévia é necessária para que as refeições, alojamento e transporte para a partida da Marcha possam ser organizadas com maior eficácia. Basta preencher esta ficha e seguir as instruções de envio.

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